• Prefeitura do Recife firma parceria com comitê paralímpico

    Prefeitura do Recife firma parceria com comitê paralímpico

    Por: Israel Texeira  / Imagem: G1

    A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Esportes, estabeleceu uma parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), órgão máximo do esporte nacional. A cidade passa a somar com o Centro de Referência Paralímpico Brasileiro, contando com atividades que ocorrerão no Ginásio de Esportes Magalhães (Geraldão), localizado na Imbiribeira, e também no Parque do Caiara, na Iputinga. Das modalidades oferecidas, estão: atletismo, bocha, futebol de cego, goalball, parabadminton e natação.

    As orientações e acompanhamentos das atividades realizadas serão feitas por professores de educação física especializados da Prefeitura do Recife e do Comitê Paralímpico Brasileiro. O propósito desta parceria é firmar um programa de iniciação esportiva paralímpica para crianças e adolescentes com idade entre 8 e 17 anos. Também serão contemplados jovens com deficiência física, visual, auditiva e intelectual provenientes das escolas regulares e instituições especializadas do Recife e dos municípios dos arredores. As inscrições podem ser feitas através do Instagram do Centro de Referência Paralímpico Recife, no @crp_rec.


  • Pessoas com deficiência apontam falta de acessibilidade no Lolla

    Pessoas com deficiência apontam falta de acessibilidade no Lolla

    No mundo contemporâneo, os eventos e festivais reuniam diversas pessoas que promovem um intercâmbio cultural entre elas, por estilo musicais, artistas, pinturas, danças e outras expressões, existem vários detalhes que precisam ser observados na hora de realizar. Um deles é na acessibilidade, para as pessoas com deficiência, essa discussão precisa se ampliar para que a sociedade reflita e perceba o quanto é importante existirem espaços inclusivos e acessíveis para que as pessoas com deficiência tenham o direito de circular livremente e serem respeitados. No mês anterior, tivemos o Lollaplazooa que é dos maiores festivais de música do país, que reuniu mais 300 mil pessoas durante três dias, mas diversas pessoas com deficiência que foram para o festival relataram a falta de acessibilidade no evento.

    A jornalista e criadora de conteúdo, Maria Paula, 28 anos, relatou as suas experiências positivas e negativas durante o festival. Ela tem uma doença genética, nunca diagnosticada que se manifestou quando era criança com três anos, mas quando chegou na adolescência passou a usar a cadeiras de rodas. Com seu crescimento profissional como a primeira fotografa cadeirante a se consolidar no mercado brasileiro, também é modelo, atriz e ativista da causa da pessoa com deficiência, foi convidada por uma das marcas patrocinadoras para está no espaço vip. “ Fui muito bem recebida, com transporte acessível para eu ir e voltar no evento, no espaço vip tinha todo o acesso com rampas, elevadores funcionando e banheiros acessíveis”, afirma Maria.  

    Mas um das maiores preocupações de maria ao Lollapalooza era sobre a questões de acessibilidade, principalmente nos banheiros. “Então quando cheguei lá nesse espaço oferecido tinha toda acessibilidade, fiquei mais tranquila. Mas o evento não é só espaço vip, é um festival de música com mais de 20 atrações acontecendo vários artistas que eu amo, não queria ficar trancada no espaço vip, queria vivenciar o festival,” afirma Maria

    Mas a experiência de vivenciar o festival fora do espaço vip, ocorrem vários problemas pela falta de acessibilidade e Maria só conseguiu durante um dia inteiro assistir ao único show. “ O show de jonga foi único show que eu consegui ver, a distância de um palco para o outro é muito longa, também do palco para espaço vip muito longa, o local tem vários desníveis. No domingo também choveu e com isso ficou muita lama. O palco Ônix era impossível transitar e a produção estava zero preparada,” reclama a jornalista. 

    Maria cita vários erros da produção na parte de acessibilidade do festival, a área PCD (pessoa com deficiência) não tinha uma boa visibilidade para o palco, as pessoas ficavam assistindo através do telões os shows, a produção e as pessoas que trabalhavam no festival não sabiam passar informações, Maria e seu namorado chegaram a perguntar qual era o melhor caminho para chegar perto do palco e ninguém sabia informar e acabaram se deparando com escadas. “ A gente trombou com três lances de escadas, o bombeiro se prontificou em ajudar, eu e meu namorado. Quando chegamos lá em cima uma pessoa da produção solicitou um carrinho de golfe, ficamos esperando lá mais de horas o carrinho que nunca chegava,  desistimos de esperar e seguimos porque estava perto do show e estava começando a chover. Quando estamos indo para perto do palco, vimos vários artista e influenciadores utilizando o carinhos de golfe destinado para as pessoas com deficiência”.

    A jornalista também enfrentou problema na hora de sair do show. “Na saída do show de djonga para voltar para o espaço vip, nós víamos que tinha um espaço mais fácil pela área onde passava os carros e a produção quis impedir a gente de ir por ali. Então argumentamos que seria mais fácil o deslocamento. E aí o cara da organização do festival falou assim, olha você quer ir por aí então por sua conta em risco”. 

    Maria ficou se questionando se acontece algo com ela naquele percurso, não tinha importância? Também percebeu não tinha banheiros acessíveis fora do espaço vip e outra pessoas com deficiência que não tem o privilégio de esta em espaços vip? O que passaram para está naquele festival com falta de acessibilidade?

    Na divulgação do festival Lollapalooza Brasil, o marketing feito sobre acessibilidade contavam com vários serviços e dispositivos, como: acesso pcd pelo portão 7, área pcd com plataformas elevadas nos quartos palcos para assistir aos shows, carinho de golfe para fazer o transporte do portão 7 até o festival, interpretes de libras em cada plataforma elevada das pessoas com deficiência que fica na área dos palcos, áudio descrições através de um equipamento de transmissão que serão distribuídos por recepcionistas e um kit livre que é um equipamento motorizado que possui a função de transformar a cadeiras de rodas em um triciclo motorizado elétrico para locomoção nas dependências do autódromo de Interlagos.

    O festival trabalhou a informação que teria acessibilidade, chamando o público a também vivenciar a experiência do festival, mas, na prática, não aconteceu e essas situações sobre falta de acessibilidade relatadas são recorrentes em eventos e até no dia-a-dia. No Brasil, existem 45 milhões de pessoas com deficiência, representando 23% da população e acessibilidade é de extrema importância para garantir o acesso e a segurança. 

    A influenciadora digital, Giovana Massera, 25 anos, estudante de moda, modelo e influenciadora digital também conhecida por Toranja mecânica, também foi convidada para está Lollapalooza e acabou sofrendo com falta de acessibilidade colocando sua saúde em risco. “ Quando eu cheguei de van, o motorista não tinha informação e deixou a gente na entrada perto do palco Adidas, nessa entrada não tinha nenhuma ou estande para dar informações. Inclusive também não tinha o posto para pessoas deficientes. Esse posto ficava na outra entrada que estava do outro lado do autódromo, então eu tive que atravessar todo Autódromo para achar exposto e ter acesso às cadeiras, me fizeram subir várias escadas, pegar caminho errado e fazendo tudo isso a pé”. 

    Giovana tem Lúpus e a doença foi agressiva no seu corpo, com isso desde 12 anos lida com alguma limitações, para se locomover utilizar uma bengala e não pode andar longas distâncias. Quando conseguiu chegar no local não estavam disponibilizando os carrinhos de golfe, mas conseguiu pegar kit livre que era triciclo motorizado elétrico, que também não era apropriado para utilizar tem terrenos com muito desníveis, pode gerar riscos de acidentes. “ O triciclo elétrico estava com problema na ré e bateria que quase queimou a minha coxa. A cadeira atolava na lama e não havia bombeiros por perto para ajudar, então minha irmã tinha que empurrar sozinha, às vezes apareciam pessoas ao redor que disponibilizava para ajudar. Devido aos barrancos eu quase capotei com a cadeira e ela atolou na lama. Eu chorava de dor, de cansaço, desespero e não conseguia pisar no chão devido às dores”. 

    A sua experiência no Lollapalooza também com muito dificuldade devia a falta de acessibilidade, só conseguiu assistir um show, pontuou diversas pontos que festival deve melhora como: postos para as pessoas com deficiência em todas as entradas, cadeiras de rodas sem defeitos, carinhos de golfe funcionando para ir aos palcos, liberassem as parte cimentadas atrás do palco para quem está de cadeira ou simulassem uma estrada para cadeiras de rodas, banheiros maiores para pessoas com deficiência, treinassem a equipe de funcionários e orientassem melhor os bombeiros. 

    A falta de acessibilidade nos eventos está ligada ao Capacitismo estrutural que limita o direito ao acesso das pessoas com deficiência. A sociedade tem a concepção que as pessoas com deficiência vivem reclusa em casa, que não estudam, nem trabalham e também não saem para divertir. Atualmente, as pessoas com deficiência representam um 1% no mercado de trabalho formal, isso significa também o quanto é difícil do ponto vista poder aquisitivo da população com deficiência está presentes em eventos privados de custos elevados. 

    Por isso é tão importante trabalhos como da Maria e Giovana como influenciadoras digitais, para que as pessoas com deficiência sejam representadas e falem suas vivência para possamos transforma a sociedade mais inclusiva. “É de extrema importância que a gente ocupe todos os espaços, para que as pessoas entendam que nós existimos e temos vida ativa, que nós realizamos sonhos,  namoramos, trabalhamos, divertimos e também continuar se comunicando” afirma Maria paula. 


  • Turismo Acessível: Conheça 2 lugares no Recife

    Turismo Acessível: Conheça 2 lugares no Recife

    A acessibilidade, cada vez mais, tem sido pauta em diversos debates na sociedade brasileira. Há o entendimento da necessidade de promover oportunidades iguais a todos cidadãos. Em equipamentos culturais, a falta de investimento em prol do acesso universal à cultura ainda é uma barreira que pessoas com alguma deficiência (PcDs) têm de lidar diariamente. Em Recife, essa realidade não é diferente. Ainda assim, existem espaços culturais para visita e lazer turísticos adequados às pessoas com alguma deficiência. Confira abaixo 3 indicações:

    Cinemas
    Os cinemas saem na frente com relação à acessibilidade motora. Todas as salas de cinema da cidade, com exceção do Cineteatro Apolo, contam com espaços para cadeirantes. Um festival de filmes com acessibilidade, o VerOuvindo, acontece anualmente em Recife, geralmente no fim do ano.

    Museu do Estado
    Aberto de terça a sexta-feira, das 9h às 17h; e aos fins de semana, das 14h às 17h. Entrada: R$ 5. Avenida Rui Barbosa, 960, Graças. O espaço apresenta rampas de acesso na calçada, na entrada e em todos os desníveis. Há um elevador disponível em um dos prédios. Embora não haja sinalização adequada, o museu dispõe de um livro em braile sobre o prédio histórico. Em breve, será criado um mapa do local em braile. Ele também mantém um banheiro para usuários de cadeira de rodas.

    Caixa Cultural Recife
    O local conta com três galerias de exposições, um teatro com capacidade para 202 espectadores e salas de oficina e dança. Aberto de terça-feira a domingo, das 12h às 20h. Entrada gratuita. Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife. O ambiente possui rampas de acesso na calçada, pela Rua do Bom Jesus, na entrada e em todos os desníveis. Apresenta também elevador, audiodescrição e Libras em algumas exposições e espetáculos e banheiro adaptado para usuários de cadeira de rodas.


  • Conheça três artistas com deficiência

    Conheça três artistas com deficiência

    Arte e cultura são direitos garantidos das pessoas com deficiência pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que está inserida dentro da Constituição Federal. Apesar disso, a carência de espaços culturais com acessibilidade, a ausência de iniciativas públicas para fomentar a acessibilidade, a desinformação e o desinteresse de iniciativas públicas e/ou privadas dificultam o acesso e as produções para as pessoas com deficiência. Deste modo, uma parcela importante deste grupo encontra limitações que as impede de se engajar culturalmente e contribuir diretamente para a efetiva inclusão.


    Medidas simples como a criação e o desenvolvimento de políticas públicas, o investimento em acessibilidade, a ação de iniciativas privadas e o consumo das produções dos artistas com deficiência são formas de democratizar o circuito cultural.


    Reflita: quantos artistas com deficiência você conhece, acompanha ou investe? Pensando nisso, preparamos uma lista com artistas brasileiros para você conhecer:


    Emílio Figueira
    Emílio é escritor e cientista, e já publicou 74 livros e escreveu outros 76. O autor tem paralisia cerebral, causada por uma asfixia durante o parto. O seu primeiro livro – um compilado com 56 poesias românticas – foi publicado quando tinha 16 anos.


    Hebert Vianna
    Vocalista, guitarrista e principal compositor do grupo Os Paralamas do Sucesso, um dos grupos-base do rock brasileiro, Herbert Vianna sofreu um acidente aéreo no dia 4 de fevereiro de 2001, em Mangaratiba, RJ, quando o ultraleve que pilotava caiu no mar, após uma tentativa de executar um looping. Ele estava acompanhado de sua mulher, Lucy, que morreu no acidente. O músico ficou internado durante 44 dias, parte deles em estado de coma, e ficou paraplégico, além de perder parcialmente a memória. Mesmo após o acidente, o líder da banda retomou a sua carreira e continua compondo e cantando com seus amigos dos Paralamas.


    Ronaldo Cupertino da Silva
    A arte na vida de Ronaldo Cupertino surgiu após um acidente sofrido ao mergulhar nas águas rasas de um riacho. Ele ficou tetraplégico, em 1992. Depois de alguns anos, começou a pintar e escrever com a boca, e não parou mais. Assim, o artista se inspira nas formas da natureza e na utilização de cores em tinta para criar as suas obras.


  • Carnaval  Acessível

    Carnaval Acessível

    O carnaval pernambucano é conhecido pelo frevo. Esse ritmo tem diversos sucessos reconhecidos nacionalmente que acabaram virando hinos da cultura popular. “Voltei, Recife. Foi a Saudade. Que me Trouxe pelo Braço” e “Olinda! Quero Cantar a Ti está Canção. Mas além do frevo tão característico, o Carnaval pernambucano também é multicultural e conta com a presença de vários outros ritmos. No Recife, são 48 polos espalhados pela cidade. Neles é possivel curtir os tradicionais blocos de rua e suas agremiações ou bandas com musicas para agradar todos os gostos.

    O polo principal fica no Marco Zero, onde a inclusão e acessibilidade estão presentes. Esse ano, o Front Stage acessível trouxe a audiodescrição como novidade para pessoas com deficiência visual. Janaina Ramos, coordenadora do Centro de Referência em Direitos Humanos da Prefeitura do Recife explica como funciona. “Quando as pessoas com deficiência visual chegam ao Front Stage uma equipe da acessibilidade comunicacional está pronta para recebê-los e disponibilizar um aparelho com fones. Tudo que acontece no show é simultâneamente descrito. A intenção é que eles possam sentir todas as emoções do carnaval”.

    Eduardo Eugenio, 23 anos, faz parte da equipe de acessibilidade comunicacional que trabalha auxiliando na audiodescrição. Ele conta como é essa vivência. “Está sendo uma experiência muito bacana, estamos encerrando a quarta noite com audiodescrição, tivemos a presença de algumas pessoas com deficiência visual que puderam curtir todo espectáculo, inclusive os shows ligados ao circo que é o tema do carnaval 2020. Estamos sendo pioneiros na acessibilidade aqui no Recife. Esperamos disseminar ainda mais essa ideia nos próximos anos”.

    No Front Stage acessível também é disponibilizado intérprete de libras para pessoas surdas e acesso exclusivo ainda mais próximo ao palco para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Para chegar ao local, é possivel fazer o translado através do PE Conduz. A van sai da Prefeitura do Recife e leva até o Palco do Marco Zero ou para o Festival Rec-Beat que fica no Cais da Alfândega. De acordo com a coordenadora do Centro de Referência em Direitos Humanos, aproximadamente 400 pessoas com deficiência aproveitaram o polo do Marco Zero”.

    Entre as pessoas com deficiência que estavam no front acessível, os amigos Gibson e Paulo são surdos e aproveitaram o espaço pela primeira vez. ” confira os eles disseram.

    Lia Lima, 42 anos, ficou cadeirante por causa de um acidente de carro. Também foi sua primeira vez no Marco Zero. Ela sofreu um pouco para chegar no Front Stage Acessível por causa da acessibilidade das ruas ao entorno local “Encontrei dificuldade de chegar ao palco do Marco Zero, poderia ter um bombeiro para auxiliar o cadeirante a chegar até aqui, mas infelizmente não tivemos. Mas contamos com respeito e parceria das outras pessoas”- afirma.

    No geral, Lia achou a festa maravilhosa e falou qual a importância da inclusão no Carnaval. “Estou vendo a inclusão prevalecer na cidade do Recife, isso é muito importante para nós cadeirantes. A acessibilidade precisa melhorar mais, porém a intenção e a busca pela melhora é algo para parabenizar. O que precisa ser melhorado é a conscientização e o respeito por parte de algumas pessoas, além de mais rampas e acessibilidade. Temos que continuar lutando para sermos mais ouvidos e respeitados por todos”- conta Lia.

    Conversamos também com Késia Tavares e Benoar, pessoas com deficiência física. Eles contaram um pouco da sua história de vida e da experiência no carnaval, confira no vídeo.

    É importante ressaltar as novidades encontradas. O Eficientes seguirá acompanhando os próximos anos do carnaval acessível do Recife! Em 2021 tem mais!!


  • Olinda recebe encontro latino-americano de tecnologia e saúde

    Olinda recebe encontro latino-americano de tecnologia e saúde

    Evento de abertura será realizado quarta (05/02), no Sítio Histórico de Olinda, e promoverá encontro de pessoas interessadas no tema

    Um ambiente de inovação e colaboração que permite aos cidadãos projetar e fornecer produtos de saúde centrados nas pessoas. Assim é a plataforma internacional “Careables”, que se configura como uma abordagem aberta e inclusiva de assistência médica para pessoas com base na fabricação digital, fabricação distribuída e produção colaborativa. O evento de abertura da primeira fase do programa Careables América Latina 2020 acontecerá na quarta-feira, 5 de fevereiro, às 19h30, na Casa Criatura, espaço de inovação localizado na Rua do Amparo, Sítio Histórico de Olinda. A ideia é promover o primeiro de uma série de momentos que irão aproximar pessoas de diferentes especialidades para trabalhar em soluções para o tema. A iniciativa faz parte de um consórcio global que envolve países da Europa, África, Ásia e América do Sul. O evento é gratuito.

    No Brasil, o projeto é uma parceria entre a Casa Criatura, o Centro Cultural Coco de Umbigada, o Coletivo 3D, o Grupo de Pesquisa TAPIOCA/UFRPE, o Instituto Procomum (SP), a Secretaria de Saúde de Olinda, 0 IRD (França) e a Global Innovation Gathering – GIG (Berlim). Para Ricardo Ruiz Freire, consultor local da GIG e membro do conselho da organização, a iniciativa é uma chance de ampliar o universo de ação de makerspaces atrelado a um compromisso social no contexto da saúde e acessibilidade “É uma oportunidade de mitigar a degradação ao meio ambiente que a extrusão plástica tem em potencial. E também de possibilitar o acesso a objetos simples, que facilitam o dia a dia de pessoas com diferentes tipos de deficiências, que podem ter um custo extremamente elevado quando comparado aos objetos impressos”, contextualiza.

    No município olindense o projeto irá trabalhar a partir de três eixos:

    • Diversidade e acessibilidade: Apoiar pessoas portadoras de deficiência das comunidades de baixa renda do Sítio Histórico local, replicando soluções já documentadas em https://www.welder.app/careables com cidadãs e cidadãos indicados pelo Programa de Saúde da Família e do Programa Saúde nos Terreiros da Prefeitura de Olinda;
    • Água e Verde: Promover a integração da fabricação digital e das práticas da medicina tradicional e alimentação saudável, com o uso de modelos 3D na construção de jardins hidropônicos eficientes e acessíveis;
    • Reciclagem e up-cycling: Lida com a ameaça da poluição plástica em nossas hidrovias antes que chegue ao oceano, através da personalização de máquinas trituradoras e de injeção plástica disponíveis em preciousplastic.com.

    Rafael Oliveira, membro do Coletivo 3D, uma das organizações parceiras, já desenvolveu artefatos de fabricação 3D que facilitaram a vida de pessoas com diversas limitações, dentre elas as paralisia cerebral e o IFA (impacto femuroacetabular). Para o maker, iniciativas como o Careables é fundamental para mostrar que as tecnologias são acessíveis. “Está aí como ferramenta, todo programa que é voltado para esse tipo de exposição é válido. A tecnologia é uma ferramenta nossa”, pontua. O profissional também chama atenção para o potencial pedagógico e de autoestima que o encontro latino-americano pode promover. “Essa forma de mostrar o uso da tecnologia abre horizontes. Às vezes a pessoa tem medo de botar pra frente um projeto, não entende o potencial, mas com essa iniciativa é capaz de perder esse receio, pois têm pessoas à sua volta que pode ajudar a executar a ideia”, finaliza.

    Uma plataforma de colaboração internacional

    A Careables é uma comunidade global de fabricantes e usuários de inovações de hardware colaborativo de código aberto que podem ser replicadas via impressão 3D e outras formas de fabricação digital e manual. O objetivo desta plataforma é envolver, unir e conectar comunidades interessadas no campo de soluções na área de saúde. O engajamento se concentra nos níveis locais e nas atividades globais já existentes.

    Assim como em outras partes do mundo, a Careables América Latina 2020 conecta cidadãos com necessidades (físicas), prestadores de cuidados e profissionais de saúde pública e a comunidade de fabricantes e fitoterapeutas. Executa-se, portanto, um programa especificamente adaptado ao contexto local para identificar as necessidades dessas comunidades, mas também sensibiliza o envolvimento ativo dos cidadãos no co-design e fornecimento de produtos de saúde, compartilhamento de conhecimentos tradicionais sobre produção de alimentos saudáveis ​​e sustentabilidade na cadeia do plástico para proteger nosso sistema de água e peixes. 

    Os materiais de apoio já existem em uma rede de espaços que fabricam digitalmente com as comunidades de saúde existentes em todo o mundo. Por meio de ferramentas colaborativas on-line, a plataforma compartilha e disponibiliza uma série de casos de sucesso para a fabricação digital na saúde. A Global Innovation Gathering (GIG) oferece um intercâmbio ativo entre diversos Fab Labs ao redor do mundo, para inspirar e aprender com os diferentes contextos culturais e ecossistemas de saúde.

    Neste primeiro momento, as partes interessadas são convidadas a participar da conversa sobre soluções de assistência médica e o papel crucial das pessoas com necessidades físicas, seus cuidadores e profissionais de saúde no co-design e fornecimento desses produtos e serviços. E também são chamadas a compartilhar suas ideias e projetos. Na continuidade do programa, oficinas de experiência irão criar protótipos e replicar soluções de objetos tangíveis para aprendizado coletivo e apoio real à saúde de toda a comunidade envolvida.

    O projeto Careables recebeu financiamento do programa de pesquisa e inovação Horizon2020 da União Europeia. Evento de abertura: Careables América Latina 2020
    Data: 5 de Fevereiro de 2020
    Hora: 19h30
    Casa Criatura (Rua do Amparo, 83 – Carmo, Olinda/PE)
    Acesso gratuito


  • Olá, Maurício

    Olá, Maurício

    Já pensou em voltar ao passado e relembrar histórias que fizeram parte da infância? A Turma da Mônica marcou e ainda marca diversas gerações de brasileiros. Essa obra que pode ser contemplada através de gibis, desenhos, filmes, livros, quadros e outras expressões, representa a trajetória do artista Maurício de Sousa.

    A exposição: Olá, Maurício retrata a caminhada desse empreendedor que virou referência mundial por tudo que construiu. Maurício parece ser uma fonte inesgotável, seu trabalho continua se renovando. Ele faz muito bem o que hoje é conhecido como Economia Criativa e consegue unir criatividade e empreendedorismo.

    Além de ter uma obra ampla e diversa o que mais chamou atenção do Eficientes é a preocupação com a inclusão. Sabendo do seu papel como formador de opinião, influente sobre um público fiel, Maurício não esqueceu as pessoas com deficiência. Entre os aproximadamente 500 personagens criados por ele, é possível encontrar representarividade PCD. Alguns exemplos disso são: Luca que é cadeirante, Dorinha que deficiência visual, Tati síndrome de Down e André com autismo.

    Além disso, ele busca falar de temas atuais, atrelando sua marca em campanhas sobre acessibilidade e respeito às diferenças. Ao chegar na exposição, recebemos uma história em quadrinhos falando e conscientizando sobre Distrofia Muscular de Duchenne.
    Vale salientar que a exposição é bastante interativa e acessível.

    Durante esses 60 anos de carreira o trabalho de Maurício levanta essas e outras bandeiras como a preocupação com a sustentabilidade. Seus personagens promovem papéis de protagonismo nesses temas, levando conhecimento, entretenimento e diversão para as pessoas. Um dado que representa a força desse trabalho são os números do portal Exame que apontam que a marca e seus licenciamentos tenham um valor de R$ 2,7 bilhões de reais, além de que, no Brasil, vendas da Turma da Mônica superam a Disney.

    Se você é fã do Maurício ou da Turma da Mônica, corre que a exposição já vai acabar!! O material fica em cartaz até o próximo domingo(15), no prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo(FIESP), localizado na Avenida Paulista, 1313. A entrada é gratuita. De terça a sábado de 10h às 22h e domingo de 10h às 20h.


  • 500 anos de Leonardo da Vinci

    500 anos de Leonardo da Vinci

    Uma das exposições mais concorridas do momento aqui em São Paulo, Os 500 anos de um Gênio (Leonardo da Vinci) justifica toda sua fama. O artista é completo e plural em suas manifestações. Além de surpreendente do ponto de vista artístico, a exposição também chama atenção pela acessibilidade. Ao chegar, logo é disponibilizada uma fila preferencial bastante organizada e rápida. Também é possível encontrar rampas de fácil acesso e piso tátil para pessoas com deficiência visual(Na fila).

    Na área interna, encontramos um catálogo em braile, além de audiodescrição na maioria das obras. Cadeiras de rodas também são disponibilizadas, mas a exposição é tão lotada que dificulta a locomoção com cadeira.(Esse ponto precisa melhorar). A mostra também se destaca pela interatividade, o público pode tocar em muitas obras pra entender seu funcionamento. A experiência realmente sai do óbvio, vale demais a visita.

    Localização: Museu da Imagem e do Som(MIS EXPERIENCE) Rua Vladimir Herzog, 75 – Água Branca. A entrada é gratuita dia de terça feira. O museu abre às 10h, mas é importante chegar com antecedência. A exposição fica em cartaz até primeiro de março de 2020.


  • Como Funciona o Font Stage acessivel?

    Como Funciona o Font Stage acessivel?

    O Font Stage é uma área privilegiada na frente do palco onde as pessoas com deficiência podem assistir aos shows de forma segura, além de ficar pertinho dos artistas. No intervalo dos shows, é disponibilizado um espaço com banheiros adaptados e área para descanso e hidratação. No total, são oferecidas 60 pulseiras para pessoas com deficiência que podem levar um acompanhante. As pulseiras podem ser solicitadas na Central do Carnaval no espaço reservado para a secretaria dos direitos humanos. Fica próximo ao posto da Polícia Federal e da Arena Gastronômica.

    Conversamos com algumas pessoas com deficiência para saber como foi a experiência no Front Stage. Paulo Vieira é surdo e conta que foi a primeira vez que brincou Carnaval “Antes eu e meus amigos tínhamos vontade de vir para o carnaval, mas como não tínhamos acesso a informação do espaço acessível ficávamos em casa acompanhando pela televisão. Estou muito emocionado e feliz em conseguir participar do evento e sentir a vibração dos shows”. Ele ressaltou a importância dos intérpretes”Gostaria de parabenizar os intérpretes de libras, eles são muito fluentes na língua de sinais e fizeram total diferença para mim”.

    Por sua vez, o cadeirante Carlos Valois já conhecia o Front Stage do Marco Zero e garante que vale a pena aproveitar”Brinco carnaval há 15 anos com minha esposa, antigamente não tinha nenhuma acessibilidade, mas a gente dava um jeito de participar e curtir. Esse foi o terceiro ano de Carlos no espaço acessível, ele elogia a organização do evento, mas alerta para falta de acessibilidade no entorno do Marco Zero”As ruas e calçadas irregulares dificultam muito a locomoção até o Font Stage, isso deveria melhorar, porém, ao chegar no espaço todos são muito atenciosos, é possível aproveitar bastante”.


    Iai, gostaram da dica? Então aproveita que ainda dá tempo de aproveitar o Front Stage do Marco Zero no melhor Carnaval do Brasil!! Quer saber como chegar até o espaço e outros detalhas? 


  • Eficientes no carnaval

    Eficientes no carnaval

    Marco zero – Parte I

    O carnaval faz parte da cultura brasileira e representa a alegria da nossa nação. Todos devem ter direito de participar dessa grande festa. Ai vai uma boa dica de diversão para você, folião pernambucano ou turista que tem alguma deficiência.

    O Marco Zero é um dos polos mais concorridos do carnaval recifense com atrações de vários ritmos que fazem a alegria de todos. Para que ninguém fique sem brincar, a Prefeitura do Recife disponibiliza o Font Stage acessível, além de intérprete de libras para que pessoas da comunidade surda possam sentir por completo as emoções dos shows.

    Janaina Ramos é coordenadora do Centro de Referência em Direitos Humanos da Prefeitura do Recife e está responsável pela organização do Front Stage acessivel. “Para mim é gratificante fazer parte dessa busca por inclusão, ver a alegria das pessoas com deficiência participando do carnaval é fantástico. Ainda temos muito a buscar e aperfeiçoar, mas cada passo conquistado me deixa esperançosa em um mundo realmente inclusivo”. ..

    Aguardem a segunda parte da reportagem às 18hs

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