• Palestra sobre inclusão

    Hoje, em parceria com @oportosocial, tivemos a oportunidade de ministrar uma palestra sobre inclusão para alunos do curso @cursofernandapessoa. Agradecemos a todos pelo espaço. Uma juventude engajada em causas sociais faz a diferença na busca por um mundo melhor!!
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  • Conheça algumas curiosidades da comunidade surda

    Conheça algumas curiosidades da comunidade surda

    A comunidade surda tem alguns costumes que caracterizam a criação de uma cultura. Um desses hábitos é que todas as pessoas surdas recebem um sinal próprio de identificação. Esse sinal é criado por outra pessoa com deficiência auditiva e serve para facilitar e agilizar a comunicação entre os surdos na hora de se apresentar aos outros membros da comunidade e também em sociedade.

    As pessoas surdas se apresentam soletrando cada letra do seu nome por meio do alfabeto manual e, em seguida, apresentam o seu sinal que faz referência a alguma característica física ou a uma mania que a pessoa tenha. Uma vez criado, o sinal não pode ser alterado. Vale salientar que ele não deve ser criado por uma pessoa ouvinte, uma vez que essa prática é considerada antiética entre os surdos.

    É necessário salientar que, assim como os idiomas convencionais, a linguagem de sinais não é universal. Cada país desenvolve os seus próprios símbolos. No Brasil, por exemplo, vigora a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), já nos Estados Unidos é a Língua de Sinais Americana (ASL). Elas possuem gramáticas próprias.

    De acordo com a WFD (Federação Mundial dos Surdos, na sigla em inglês), 80% dos surdos de todo o mundo têm baixa escolaridade e problemas de alfabetização, pois muitos dependem exclusivamente da língua de sinais para se comunicar e obter informação. Essa dificuldade está atrelada a diversos fatores, como aprender fonética e o som das palavras.

    No cotidiano, as pessoas falam o termo “surdo-mudo”, mas ele é incorreto e não deve ser usado, pois é considerado desrespeitoso pela comunidade surda. A pessoa que tem deficiência auditiva não necessariamente é muda, como elas não ouvem acabam não desenvolvendo a fala, mas emitem alguns sons.

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  • Tecnologias inclusivas para pessoas com deficiência

    Na era digital, a tecnologia é essencial e auxilia em diversas atividades. No campo da inclusão de pessoas com deficiência, isso não é diferente. As empresas que produzem plataformas digitais e aparelhos eletrônicos têm mostrando atenção com esse público. Os sistemas acessíveis permitem que os usuários com deficiência possam utilizar melhor os recursos disponíveis em computadores, tablets, celulares e etc.

    Por isso, separamos alguns sistemas que têm a função de acessibilidade e vamos explicar como o usuário pode usar essas ferramentas.

    Windows 10: Para ativar o sistema de acessibilidade, o usuário precisa ir em “Configurações” do aparelho. Essa opção pode ser acessada pelo “Menu Inicial” ou pela “Central de Notificações”. Em seguida, é só selecionar a opção “Facilidade de Acesso”. Ela disponibiliza as funções de “Narrador”, na qual uma voz lê o conteúdo da tela. A pessoa ainda pode escolher entre voz masculina ou feminina, além da velocidade de narração e até que tipo de conteúdo vai ser narrado. Também está disponível uma lupa que pode dar zoom no conteúdo que está na tela. Por sua vez, o alto contraste ajuda na visualização de conteúdos para quem tem problemas de visão. Ainda é possível ativar legendas para o conteúdo que está sendo consumido.

    Android: As funções de acessibilidade para o sistema Android podem ser ativadas em “Configurações”, selecionando a opção “Acessibilidade”. Nela, é possível encontrar a função “TalkBack”, que descreve as ações, avisa sobre alertas e notificações. Tudo é lido em voz alta. “Acesso com Interruptor” permite que o usuário esteja com o seu celular usando um ou mais interruptores, em vez da touchscreen. O “Acesso por Voz” permite que usuário controle o dispositivo com comandos falados. O “BrailleBack” pode conectar uma tela em braile atualizável ao dispositivo usando o Bluetooth, ela permite que o usuário edite textos e interaja com o dispositivo. Também é possível ativar legendas.

    iOS: Para ativar o recurso de acessibilidade, o usuário deve ir na aba “Geral” e selecionar “Acessibilidade”. A partir daí, algumas funções estarão disponíveis. O “Voiceover” é um leitor de tela em gestos que pode ser utilizado por quem tem baixa ou nenhuma visão. Ele descreve exatamente o que aparece nos aparelhos da Apple e, desta forma, o usuário pode usar o aparelho apenas ouvindo. Esse sistema também oferece suporte para teclado em braile, que pode ser conectado através do Bluetooth. Outra função oferecida no iOS são os alertas visuais e vibratórios. Através deles, o usuário surdo sabe quando recebe notificações, pois uma luz led acende para avisar. A ferramenta “Siri” é outro recurso que permite fazer pesquisas através do comando de voz sem precisar digitar. O “Facetime” é uma ferramenta de chamada em vídeo que facilita a comunicação entre usuários surdos visualizando a linguagens de libras.

    Esses sistemas já vêm dentro dos aparelhos eletrônicos para facilitar o uso das pessoas com deficiência. Em janeiro de 2016, entrou em vigor a Lei Brasileira de Inclusão, que diz no Art. 64: “Obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente”. Todos os sites devem ser acessíveis para as pessoas com deficiência. É um direito de todos ter acesso a informações.

    Além dos sistemas já mostrados, existem ferramentas para deixar os sites acessíveis. São elas:

    BrowseAloud:

    É uma plataforma que inclui fala, leitura e apoio à tradução para sites. É destinado para usuários com dislexia, baixa escolaridade, deficiência visual ou pessoas que não sabem uma segunda língua.

    Hand Talk:

    É um aplicativo que traduz todo conteúdo do site do português para Libras – Língua Brasileira de Sinais. É voltado para pessoas com deficiência auditiva. Queríamos incluir a ferramenta no site, porém o valor cobrado foi de R$ 7.188 por ano. Ainda tentamos negociar, mas os responsáveis pelo Hand Talk não demonstraram interesse.

    GoodBros:

    É uma empresa de consultoria que mostra como deixar o site acessível. Eles também prestam serviços em organizações e empresas orientando a serem mais acessíveis estruturalmente.

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  • Educação e inclusão, o exemplo do Colégio Apoio

    A escola é o primeiro passo para o mercado de trabalho. É nela que os alunos se desenvolvem no meio educacional, depois crescem e exercem uma profissão. Dentro desse segmento, o Colégio Apoio surgiu no Recife com uma proposta de ensino construtivo e não tradicional como era oferecido na maioria das escolas da cidade. A instituição foi uma das primeiras escolas particulares a olhar para as pessoas com deficiência de forma inclusiva, além de se preparar estruturalmente para receber esses alunos.

    A coordenadora e pedagoga do Colégio Apoio, Elisa Maria Araújo Moreira em entrevista ao site eficientes

    Elisa Maria Araújo Moreira é pedagoga, trabalha no Colégio Apoio há 21 anos e atualmente é coordenadora de práticas inclusivas da escola. Ela conta como tudo começou: “Em 2018 o Apoio completa 34 anos e na época de sua inauguração não era muito comum a sociedade olhar e aceitar as pessoas com deficiência, mas essa sempre foi uma preocupação nossa, mostrar que essas pessoas existem e que são capazes. Inicialmente a escola surgiu para atender especificamente esse público, mas com o crescimento nos tornamos um colégio “regular”, explica.

    A partir desse ponto, o Apoio precisou entender como trabalharia a integração entre alunos sem e com deficiência. “Acreditamos que a escola é para todos, então as pessoas com deficiência que estudam aqui são incluídas em sala de aula e podem desenvolver sua aprendizagem. Isso é positivo para eles que se sentem incluídos e veem outras pessoas com deficiência na escola e também é positivo para os alunos sem deficiência que desde crianças aprendem a conviver e respeitar as diferenças”.

    O colégio Apoio deu o pontapé inicial, porém para as pessoas com deficiência ingressarem numa escola continuou sendo complicado. A rede pública de ensino, apesar de muitas vezes não ter estrutura, não pode negar vaga a um aluno com deficiência, mas nas escolas particulares era bem diferente. Seja por falta de estrutura ou apenas por norma institucional, muitos colégios particulares não aceitavam alunos com deficiência. A advogada Walleska Maranhão é ativista dos direitos das pessoas com deficiência e conta uma situação que presenciou do preconceito dos colégios na hora de receber um aluno com deficiência. Confira o áudio:

    Transcrição completa do áudio de Walleska Maranhão

    Em 2015 as coisas começaram a mudar. A elaboração da LBI (Lei Brasileira de Inclusão), que entrou em vigor em 2 de janeiro de 2016, trouxe muitos avanços para as pessoas com deficiência. No campo educacional ficou definido que as escolas particulares são obrigadas a aceitar alunos com deficiência e também devem fazer as adaptações necessárias para receber esses estudantes. Essa conquista demonstra que a sociedade está começando a olhar com mais respeito para as pessoas com deficiência, uma vez que agora eles têm o direito de escolher onde querem estudar.

    Novamente levando em consideração que a escola é o primeiro passo para o mercado de trabalho e mostrando o exemplo do Colégio Apoio, eles também se preocupam com a forma como essa inclusão se dá. “Como empresa, nós acreditamos que a deficiência não impede a pessoa de desenvolver um bom trabalho e sempre tivemos funcionários com deficiência na equipe. Já ocorreram casos de alunos com deficiência que concluíram o ciclo educacional conosco e acabaram trabalhando aqui como “estagiários”. Atualmente, nós temos cinco pessoas com deficiência em nosso quadro de funcionários e todos eles desempenham muito bem as suas funções”, finaliza.

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