• Você sabe o que é texto alternativo?

    Você sabe o que é texto alternativo?

    Você que navega pelo Instagram, já deve ter notado em páginas governamentais, oficiais ou mesmo de algumas celebridades mais conscientes como Juliette, vencedora do último BBB, a tag #PraTodosVerem.

    Pois bem, trata-se de um texto alternativo. É o texto escrito que aparece no lugar da imagem quando ela não consegue ser carregada em um site. Este texto ajuda ferramentas de leitura de tela a descrever imagens para deficientes visuais e ainda permite que mecanismos de pesquisa rastreiem e classifiquem a postagem.

    No Instagram, a ferramenta existe desde 2018 e foi anunciada como um passo firme da plataforma em busca de acessibilidade na comunicação. “Com mais de 285 milhões de pessoas no mundo com deficiências visuais, sabemos que há muitas pessoas que poderiam se beneficiar de um Instagram mais acessível.”

    Engana-se quem pensa que o recurso foi criado pelo aplicativo do Meta, na verdade, ele é um velho conhecido de toda a Web, utilizado para substituir uma imagem quando ela não pode ser carregada por conta da conexão da Internet do usuário e também pra quando este usuário é uma pessoa com deficiência.

    De forma direta, o texto alternativo existe para substituir uma imagem. Quando pensamos em acessibilidade, o recurso acaba tendo um propósito ainda maior, já que possibilita a absorção do conteúdo por todos os usuários.
    Pessoas com deficiências visuais usam leitores de tela com tecnologia assistiva como o Voice Over (iOS) e TalkBack (Android) para conseguir ler textos nas redes sociais. A tecnologia, porém, esbarra nas imagens e vídeos, já que não há uma forma precisa de identificar o que há no conteúdo e repassar para o usuário.

    Para tentar burlar essa lacuna dos sistemas, muitos perfis nas redes sociais adotaram a hashtag #PraCegoVer, que consiste em descrever as imagens e vídeos de uma publicação para que os leitores de tela possam ler isso pro usuário, que assim consegue absorver todo o conteúdo. Com o advento do texto alternativo, já é possível fazer isso com as ferramentas da própria plataforma.

    Apesar de muitos usuários ainda não saberem da existência do recurso, ele é fundamental para uma comunicação mais acessível e que atinja todos os públicos de forma fácil e simples.


  • Ponto fora da curva, conheça o Armazém Guimarães

    Ponto fora da curva, conheça o Armazém Guimarães

    Desde 1991, existe no Brasil a Lei de Cotas, que obriga as empresas com 100 ou mais funcionários a destinarem de 2% até 5% de suas vagas para pessoas com deficiência (o percentual exato depende de quantos funcionários a empresa tem). Essa lei ajudou e continua ajudando várias pessoas com deficiência a conquistarem um emprego. É triste entender que foi preciso uma lei para o empresariado brasileiro oferecer oportunidades aos deficientes, mas também é importante mostrar o exemplo de empresas que, mesmo sem serem obrigadas por lei, contratam pessoas com deficiência.

    Adriana Nascimento, responsável pelo departamento pessoas do restaurante Armazém Guimarães Rio Mar, em entrevista ao site Eficientes

    Esse é o caso da rede de pizzarias Armazém Guimarães. A empresa é originaria de Maceió, mas já está no Recife desde 2004. Na capital pernambucana, a pizzaria conta com 45 funcionários e por lei não precisaria contratar pessoas com deficiência, mas dar oportunidade e incluir deficientes no mercado de trabalho é uma prática comum na empresa. Tão comum que o restaurante tem a tradição de ter uma pessoa com nanismo na recepção das suas unidades.

    A chefe do departamento pessoal do Armazém Guimarães, Adriana Nascimento, explica como isso começou. Confira o vídeo:

    Além da tradição de contratar pessoas com nanismo para trabalhar no restaurante, Adriana fala que a casa já teve outros funcionários com deficiência: “Tivemos um pizzaiolo que só tinha visão em um olho e também um garçom que tinha uma deficiência na mão e eles desempenhavam suas funções normalmente”.

    Adriana afirma que a empresa não acredita que a deficiência seja empecilho para fazer um bom trabalho, por isso sempre contratou pessoas com deficiência do mesmo jeito que contrata um funcionário sem deficiência. Ela ainda destaca o trabalho exercido por Douglas, anão que trabalha na recepção do restaurante há dois anos (Conheça a história de Douglas na aba histórias do site)

    O Armazém Guimarães é um exemplo positivo dentro do empresariado brasileiro e mostra que as empresas deveriam ter essa preocupação de incluir as pessoas com deficiência no mercado de trabalho e não buscar esses profissionais apenas para preencher uma cota obrigatória exigida por lei.

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